domingo, 9 de dezembro de 2012

FELICIDADE

Já revirei meus pensamentos.
Voltei a fita e revivi minha vida.
Tantas coisas aconteceram
E eu não consegui decifrar
O porquê de tanta angústia

Tantas voltas em torno de mim mesma
Tanto sorriso com névoa funesta
Não sei mais dizer a cor da vida
Nem o porquê dos dizeres que não suporto

Vivo a idealizar as cenas
Caminho suavemente para isso
O cenário me inspira e ao final
Nada do que eu quis se realiza

São tantas as dores, Meu Deus,
Perdoe-me se tanto me lamento.
Ao final de tudo, eu sei,
Seremos iguais na mesma aflição e tormento.

Todavia, o universo manda-me avisar
Em forma de vento.
A brisa fresca chega e faz lembrar
Que somos como a maré
Trazendo e levando tudo o que encontra.

Olho-me no espelho.
Levo um susto!
Meus olhos perderam o brilho
Lembro-me aos poucos que os guardei
Não os usaria em meio a tantos tropeços.

Guardei o sol, a lua, o brilho das estrelas...
Estranho muito quando percebo a falta que me fazem
É necessário para o meu crescimento! Eu enfatizo.
Um dia, os trarei todos de volta!

Mas eis que é tarde
O pão já está com bolor.
Esperei tanto pela tal felicidade
E ela soberba e dissimulada
Não quis mais saber de mim.

Fala para mim com toda a força:
"A vida toda procurou-me nos lugares errados.
O pão que te satisfaria já há muito não tem qualidade.
Ergue as tuas mãos, tenta alcançar-me...
Vês, que estou tão distante quanto a verdade.
Resta-lhe carregar a bandeira dos sem vaidade.
Vá para longe e deixe-me em paz!!!"

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