quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ah! a saudade!

De todas as palavras que eu conheço em minha língua, existe uma que não consigo deixar livre no seu embalo visceral de compreensão. Vou até aos livros, dicionários, manuais. Não consigo decifrar e deixar de falar que sofro. Traduz-se fielmente a palavra saudade? Pode-se afirmar que ela seja sentida tão aguçadamente em outras línguas que não a minha? É filha de quem? Nasceu livre? Possui cores? Se está no papel, tudo bem! E se está na pele, no coração, no nosso íntimo? A dor é igual? Há momentos em que nem sei se ela existe de fato. Embora, em outros, sinto que me corta feito navalha, destrinchando as paredes inertes do meu ser; aniquilando de vez toda e qualquer tentativa de compreendê-la. Ah! a saudade...

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