sexta-feira, 8 de março de 2013

Mistério e milagre

Há distância entre mistério e milagre.
Um enorme abismo atulhado de passado:
Imagens, lembranças, cheiros e dor.
Tudo mistura, tudo vira pó e dissipa.
Tudo vira água, molha, inunda com lágrimas...
Vem tocar na pele já calejada de feridas.
Vem sublimar o êxtase das peles que se tocam
E se vão...elas nunca ficam, infelizmente.
Trata-se de uma mente doente.
Aquela que cisma em dizer que a tal felicidade existe.
Que está tão próxima como o Sol da Terra.
Ah! penúria!
Ah! acreditar e insinuar!
Deixa de sorrir, todavia é pedestal.
Não se importa em seguir absorta.
Ela já é um corpo sem mente.
Uma boneca delinquente.
Crendo sempre que depois daquela porta
Há de surgir alguém...há de surgir...

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