Ah! eu queria.
Um grito que expulsasse de dentro de mim
A face negra da tristeza
Que pudesse desaparecer
Com a vontade inexata de desaparecer.
Queria mesmo
Um gole de uma água de melissa
Que tranquilizasse a minha alma de imediato
Uma cama de lençóis brancos em meio à natureza
Para deixar livre meus sonhos
Para enriquecer meus desejos dissimulados
Quisera eu poder decidir que hoje eu serei feliz
Nem cantigas antigas
Nem sons familiares, hoje, me trarão a paz.
Queria assim, a vida um pouco mais devagar.
Onde as idades não florescessem em todas as primaveras
Que as modas não mudassem de acordo com a estação
Quero usar pra sempre meu casaquinho preferido
Sem ter que escondê-lo a cada nova tendência perfeccionista e burra.
Ah! como eu queria que meu pinheirinho de Natal se armasse sozinho.
Ultimamente meus Natais são meros dias de sorrisos amarelos.
Quem dera que quando o Ano Novo chegasse, viesse junto dele a alegria verdadeira
E não aquele ar de que se eu não sorrir meu ano será terrível.
Isto não funciona!!!
E lá se vai mais um ano...
Chega mais um.
Sempre acho que será diferente, monto planos idiotas como todo mundo.
Quem dera que a cada abraço recebido em um aniversário massacrante
Trouxesse uma brisa de renovação e uma esperança adocicada que não se vê mais.
A busca pela felicidade é a grande causa das depressões.
Que cara será que ela tem?
Será como um anjo? Um pássaro? Uma caixa de bom bom?
Queria muito saber. Decifrar tal segredo.
Entretanto, a magia maior da vida é acreditar no que não devemos...
No inacreditável que insiste em atribular nossas vidas.
Querer, querer.
Eu quero, continuarei querendo. Já que estou aqui neste mundo,
Perseguirei a felicidade...
Paro e penso: será ela desse mundo???
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